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Céu sobre São José dos Campos em 27/Fev/2018 - 20h30(Horário de Brasília) [Planisfério gerado no software Cartes du Ciel v4.0]

Enquanto na Terra a catastrófica colisão de um asteróide disparava uma extinção em massa que aniquilou 75% da vida no planeta, a 400 anos-luz de distância, na direção da constelação de Touro, uma gigantesca nuvem de hidrogênio coalescia sob o efeito de sua própria gravidade dando origem às milhares de estrelas que formam um dos mais belos e jovens aglomerados estelares: M45 - As Plêiades

A olho nu é possível perceber as Plêidades como um grupo de 6 a 11 estrelas, conforme as condições do céu. Telescópios de maior abertura e fotografias de longa exposição, revelam que o aglomerado está envolto numa região de nebulosidade que reflete a luz de suas estrelas. No entanto, a diferença de velocidade entre as estrelas e o gás da nebulosa indica que não se trata da nuvem que formou originalmente as estrelas e sim de matéria interestelar interceptada pelo aglomerado em seu movimento próprio.

Também conhecido como "sete-estrelo" ou "sete irmãs", a nomenclatura clássica do aglomerado vêm da mitologia grega e faz referência às sete filhas de Atlas e Pleione. O asterismo também é importante na astronomia indígena brasileira, fazendo parte da mitologia e sendo usado por vários povos como um anúncio da chegada da estação das chuvas (leia mais sobre astronomia indígena no primeiro volume do livro História da Astronomia no Brasil, organizado por Oscar T. Matsuura e disponível gratuitamente para download na página do Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST.) 

M45 - Plêiades  [imagem: Robert Gendler]

Para encontrar as Plêiades nas primeiras horas das noites do fim de verão, olhe na direção noroeste, entre o horizonte e a brilhante Aldebaran, a alfa da constelação de Touro. A imagem abaixo simula o céu de São José dos Campos em 27/02/2018 às 20h30 e mostra as constelações de Órion, Gêmeos (Gemini), Cocheiro (Auriga) e Touro (Taurus), incluindo as Plêiades.

Constelação de Órion  [Visualização gerada no programa  Stellarium]

A Lua - com 94% de sua face visível iluminada, a Lua certamente atrairá os olhares na noite desta Terça. Na região diretamente iluminada pelo Sol as crateras raiadas Tycho e Copernicus e as regiões dos Mares da Serenidade, Tranquilidade e Fecundidade são as principais atrações. Mas é no terminador - a região no limite entre a face iluminada e a porção sombreada da Lua - que poderemos perceber com mais clareza o relevo de nosso satélite natural. É ali que as sombras evidenciam a profundidade das crateras e revelam a existência de vales e montanhas. 

Face visível da Lua às 20h (UTC -3) em 27/02/2018. [Simulação gerada em NASA/Scientific Visualization Studio]

Mesmo sem a exuberância que M45 exibe a olho nu, o aglomerado aberto M44 - O Presépio, na constelação de Câncer, é uma jóia que merece ser vista ao telescópio. Um dos aglomerados abertos mais próximos da Terra, com distância estimada abaixo de 600 anos-luz, num céu escuro, M44 aparece a olho nu como uma tênue nebulosidade no coração da constelação de Câncer. Ao telescópio, mesmo sob poluição luminosa, é possível contar algumas dezenas de estrelas.

M44 - Aglomerado do Presépio - na constelação de Câncer. [Imagem de Sven Kohle e Till Credner capturada em 04/01/1997 3:58 UT em La Palma com lente de 180 mm f/2.8, 18 minutos de exposição em filme Scotch Chrome 400 ]

 

Carta das constelações de Leão e Câncer. [Carta gerada no software Cartes du Ciel v4.0]

O Observatório do IAE abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.

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