O projeto Compósitos de Carbono Reforçado com Fibras de Carbono (carbono-carbono) teve início no final da década de 1980, na Divisão de Materiais do IAE, e teve por objetivo obter materiais termo-estruturais de maior resistência mecânica (> 60 MPa), massa específica de 1,85 g/cm3 e maior resistência à abrasão, necessários à motores-foguete de grande porte. O desenvolvimento foi focado na otimização de processos de fabricação, notadamente via impregnação em fase líquida (piches e resinas) de preformas de fibras de carbono.
O projeto teve início com verba orçamentária do Comando da Aeronáutica, mas devido à complexidade da tecnologia contou com financiamento da FINEP em diversos desmembramentos, como infraestrutura civil, laboratório de processamento de compósitos e laboratórios de caracterização mecânica e térmica, com metodologia e infraestrutura físicas específicas para avaliação de materiais para altíssimas temperaturas.
Os usos correntes desses materiais são em gargantas de tubeira de foguete a propelente sólido, câmaras de combustão a propelente líquido, proteção térmica de veículos de reentrada, elementos de fricção e aletas de empuxo vetorado, que abrangem interfaces com os demais projetos do IAE relacionados à aeronáutica, espaço e defesa, como os veículos lançadores, veículos de microgravidade e componentes de mísseis.