Lua - com 84% de sua face visível iluminada, nosso satélite natural é a grande atração da noite. A região do terminador - o limite entre o hemisfério iluminado e a porção sombreada - é onde perceberemos com mais clareza o relevo lunar, com longas sombras projetadas evidenciando a profundidade de vales e crateras e a altura de cadeias de montanhas. Na região diretamente iluminada pelo Sol, o que chama a atenção é o contraste entre as regiões mais escuras das grandes planícies basáticas conhecidas como Mares e as áreas mais claras e craterizadas. A Lua se encontrará hoje a cerca de 370 mil km de distância (14 mil km mais próximo da Terra que o ráio médio de sua órbita - 384 mil km).
Com a Lua posicionada ao Norte do Equador Celeste, resta aos admiradores dos objetos do céu profundo a observação das jóias do Hemisfério Celeste Sul. Estrelas duplas, aglomerados abertos, nebulosas e aglomerados globulares são particularmente abundantes ao longo da faixa da Via Láctea que atravessa as constelações do Centauro, Cruzeiro do Sul, Carina (Quilha) e Vela.
Muitos destes exuberantes objetos, mesmo quando perceptíveis a olho nu, como a nebulosa NGC 3372 envolvendo a estrela Eta Carinae, só se revelam completamente através das oculares dos telescópios.
Eta Carinae é uma estrela peculiar. Com massa 100 vezes maior que o Sol e com registros históricos de grande variação em seu brilho (por volta de 1830 chegou a ser uma das estrelas mais brilhantes do céu austral) pode estar às vésperas de se tornar uma supernova. Embora "estar às vésperas" possa significar ainda alguns milhões de anos.
Além de Eta Carinae, o mapa abaixo mostra a localização de vários objetos visíveis na sessão de observação desta Terça.
O Observatório do IAE abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.