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Página inicial > Observ noticias > O Brasil entra na era dos telescópios gigantes.
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 Uma nova geração de telescópios está sendo inaugurada com o GMT - Giant Magellan Telescope (Telescópio Gigante Magalhães), um instrumento que promete revolucionar nossa visão e compreensão do universo com sua entrada em operação no início da próxima década. O GMT é fruto de um consórcio internacional de universidades e instituições de pesquisa dos Estados Unidos, Austrália, Coréia do Sul e Brasil e será construído no Cerro Las Campanas (Chile), a 2500m de altitude em pleno Deserto do Atacama, longe da poluição luminosa e numa das regiões mais secas do mundo, onde se pode esperar mais de 300 noites por ano com condições ótimas para observação.

 A participação do Brasil no projeto se dá através da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) com o investimento de US$ 40 milhões (4% do valor total do projeto). O investimento brasileiro garantirá 4% do tempo de observação do telescópio para observadores brasileiros.

O elemento principal da ótica do GMT é um conjunto de 7 espelhos, cada um medindo 8,4m de diâmetro e formando uma superfície ótica única de 24,5m de diâmetro. O processo de construção de cada espelho é tão preciso quanto demorado: são consumidos mais de 4 anos entre a fundição do vidro, desbaste, polimento e sua aluminização final. Cada um dos segmentos do conjunto pesará 17 toneladas e será recoberto por uma fina camada de alumínio de apenas alguns átomos de espessura. O primeiro segmento foi concluído em 2012 e 3 outros estão sendo processados na Universidade do Arizona. Estes quatro espelhos compõem a configuração mínima inicial do GMT, com a operação em capacidade máxima, com os 7 espelhos gigantes, prevista para 2024.

As imagens obtidas pelo GMT serão 10 vezes mais nítidas que as obtidas pelo telescópio espacial Hubble e descortinam novas possibilidades de descobertas para a ciência, num momento comparável ao vivido há 100 anos, quando o astrônomo Edwin Hubble, utilizando o telescópio de 100 polegadas (2,5m) no Monte Wilson (Califórnia, EUA) descobriu que a Via-Láctea era apenas uma ilha num oceano de galáxias e abriu as portas para a cosmologia moderna.

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