A Lua minguante se põe às 16h10 e fica de fora da sessão de observação desta terça-feira (14/11). A ausência da Lua abre caminho para apontarmos nossos telescópios para objetos bem mais distantes e difusos, que costumam ser ofuscados pelo brilho de nosso satélite natural. Galáxias, nebulosas e aglomerados tornam-se alvos bem mais realçados nas noites sem luar.
Para iniciar a noite que tal observar uma galáxia que é quase uma irmã gêmea de nossa Via Láctea?
M31, a grande nebulosa de Andrômeda é uma galáxia espiral localizada a pouco mais de 2 milhões de anos-luz da Terra, visível a olho nu em céus escuros, longe da poluição luminosa das cidades, e facilmente identificável em telescópios de pequeno porte.
Dirigindo nosso olhar para o hemisfério celeste sul, nos deparamos como o fabuloso aglomerado globular 47 Tucanae (NGC 104). Aglomerados globulares podem reunir até um milhão de estrelas e estão entre os objetos mais antigos do universo, com idades próximas a 13 bilhões de anos, formados numa época em que a grande abundância de nuvens de hidrogênio permitia a formação de aglomerados com altas densidades de estrelas.
Marte, Júpiter e Vênus estão juntos no céu matutino. Ao entardecer, Saturno e Mercúrio mergulham no horizonte oeste logo após o por do Sol. Restando para nossa sessão de observação o desafiador Urano. Apesar de seu diâmetro de mais de 50 mil km, o gigante gasoso, a 19 Unidades Astronômicas de distância (ou 2.85 bilhões de quilômetros), aparece apenas como um pequeno ponto verde azulado, medindo apenas 3.6 segundos de arco (2 milésimos do diâmetro aparente da Lua cheia).
Entre os dias 17 e 18, ocorre o pico de atividade dos Leonídeos, uma chuva de meteoros famosa por ter produzido verdadeiras tempestades nos anos de 1833, 1866, 1966 e 2001. A cada 33 anos o cometa 55P/Tempel-Tuttle atinge o periélio (o ponto de sua órbita mais próximo ao Sol) deixando fragmentos em seu rastro que, quando interceptados pela Terra, tornam-se incandescentes devido ao atrito com nossa atmosfera, produzindo o espetáculo luminoso que percebemos como meteoros. A taxa horária para os Leonídeos varia em torno de modestos 20 meteoros por hora, mas durante a grande tempestade de meteoros de 1833, observadores na América do Norte testemunharam mais de 200 000 meteoros por hora, durante quatro horas...
O Observatório do IAE abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.