No dia 03 de maio, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), recebeu a visita de uma equipe técnica do 2º Batalhão de Engenharia de Combate (2º BE Cmb), para atender uma demanda do Exército Brasileiro (EB). A Visita consistiu na reprodução de uma peça do material de emprego militar (MEM) rodante do Robô DAE/EOD (de modelo Telemax), o qual é utilizado para Desativação de Artefatos Explosivos (DAE) e anti-dispositivos explosivos improvisados (Anti-DEI), conhecidas internacionalmente como Explosive Ordnance Disposal (EOD).
Atualmente, o EB possui apenas um conjunto de equipamentos remotamente controlados para desativação de artefatos explosivos ou Robôs DAE/EOD, reunidos no 2º Batalhão de Engenharia de Combate (2º BE Cmb), sediado em Pindamonhangaba/SP. Essa Organização Militar de Engenharia (OME), subordinada à 2ª Divisão de Exército, é Módulo Especializado que compõe a Força de Prontidão do Exército.
Tendo em vista a indisponibilidade, há mais de dois anos, do Robô DAE/EOD Telemax, por conta do alto custo de contratação em sua manutenção e demandando longo prazo de entrega dos materiais de possível aquisição no exterior, o Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do EB, por meio da Diretoria de Material de Engenharia (DME), solicitou o apoio do IAE para a fabricação de uma engrenagem da esteira de rodagem do equipamento, a qual permitirá retomar a plena disponibilidade do Robô com confiabilidade.
A visita operacional aconteceu durante todo o dia nas dependências do IAE, com a participação de uma equipe técnica do Instituto e de uma equipe especializada do 2º Batalhão de Engenharia de Combate (2º BE Cmb) para aplicação da peça reproduzida pela na Divisão de Mecânica (AME) ao equipamento (Robô DAE/EOD Telemax). Como forma de agradecimento ao apoio do IAE, os militares do Destacamento Especial de Engenharia para Desativação de Artefatos Explosivos (Dst Esp E DAE) do 2º BE Cmb ministraram uma instrução sobre as novas tecnologias utilizadas no Exército Brasileiro para a detecção desses artefatos.
Na oportunidade, foram apresentados além do Robô DAE/EOD Telemax, também o Robô DAE/EOD tEODor, os detectores de metais convencionais, detectores de metais compactos, detectores de material bélico não detonado (UXO - Unexploded Ordnance), detectores de metais de sensor duplo e de radar de penetração de solo.
Na arena de detonação do IAE foram simuladas situações de busca de artefato bélico da Aeronáutica, com a interação dos profissionais (FAB e EB) envolvidos, ocasião na qual foram detectados todos os itens propostos. Na sequência, foi executada outra simulação de abordagem dos itens pelo Robô DAE/EOD tEODor, demonstrando a capacidade operacional em situações de abordagem de artefato explosivos.
O Tenente Coronel Especialista em Armamento Augusto José de Amorim Neto, Chefe de Gabinete do IAE, coordenou as atividades e afirma que “é de extrema importância a interoperabilidade entre as Forças Armadas Brasileiras, em especial nas diversas atividades operacionais, por compartilhar e agregar conhecimentos em todos os níveis, resultando maior engajamento e sucesso nos resultados obtidos nas atividades de neutralização e destruição de artefatos, tanto no âmbito do COMAER, como na Força terrestre (Exército Brasileiro).
Diante da missão cumprida, o Tenente Coronel de Engenharia Henrique Vidal López Pedrosa, Comandante do 2º BE Cmb, destacou que “o apoio prestado foi fundamental e decisivo para a recuperação da capacidade plena do Robô TELEMAX, o quê possibilitará seu emprego imediato”.