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As atividades do Observatório Astronômico do IAE estão temporariamente suspensas. Enquanto as sessões de observação não são retomadas, seguimos postando nesta página informações, notícias, atualizações e o calendário semanal de eventos astronômicos.
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As atividades do Observatório Astronômico do IAE estão temporariamente suspensas em consequência do incêndio que danificou parte da cúpula na última Quinta-feira (25/08/2017). Os danos causados foram apenas materiais. O prédio afetado passava por manutenção predial e estava fechado ao público. O incêndio foi imediatamente controlado pelos bombeiros e as causas serão apuradas.
Apesar da interrupção das sessões guiadas de observação ao telescópio, há muito para se observar a olho nu mesmo sob a poluição luminosa das grandes cidades. A imagem no início desta postagem é um planisfério celeste mostrando o céu sobre a cidade de São José dos Campos nesta Terça (29/08) às 20h30. Tente reconhecer no planisfério constelações facilmente identificáveis como o Cruzeiro do Sul (Crux) e Escorpião (Scorpius). Em seguida tente reconhecê-las no céu. Este mesmo planisfério pode ser usado nos dias seguintes, subtraindo 4 minutos do horário indicado. Assim, com exceção da Lua que se desloca aproximadamente 12 graus para leste diariamente com relação ao fundo de estrelas - e de um pequeno deslocamento dos planetas Júpiter e Saturno - este planisfério representará o céu às 20h26 da Quarta-feira, às 20h22 da Quinte e assim sucessivamente.
Tente registrar ao longo dos dias este deslocamento da Lua. Compare sua posição relativamente às estrelas mais brilhantes ou a Saturno, o astro brilhante que nesta Terça está a leste de nosso satélite natural.
Com um pouco mais de esforço é possível também identificar alguns aglomerados estelares e nebulosas mais brilhantes. O auxílio de um aplicativo de visualização do céu pode ser bastante útil para identificar estes objetos.
Há diversos aplicativos gratuitos para dispositivos móveis e computadores que exibem o céu em tempo real, indicando constelações, planetas e objetos de fundo de céu, como nebulosas, aglomerados e galáxias. Estes aplicativos são uma excelente ferramenta para observadores iniciantes e estão disponíveis em todas as plataformas e sistemas operacionais.
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As condições meteorológicas não devem contribuir para as observações nesta Terça (15/08/17). A chuva e a cobertura de nuvens devem persistir, impossibilitando as observações.
Esperamos que o Céu volte a se mostrar na próxima Terça. Enquanto isso, que tal aproveitar para acompanhar os instantes finais da missão da sonda Cassini em Saturno? Leia em detalhes aqui.
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A Lua deve monopolizar olhares na noite desta Terça (01/08/2017). Com 72% de sua face visível iluminada, nossa vizinha celeste mais próxima brilhará com magnitude -10.72, 10 vezes menos brilhante que a Lua Cheia (magnitude -12,74) mas ainda assim com intensidade suficiente para ofuscar e dificultar a observação de objetos difusos como nebulosas, galáxias e aglomerados: é o momento de aproveitar para buscar na Lua detalhes como as crateras raiadas Tycho e Copernicus e os Montes Apeninos, uma longa cadeia de montanhas cercando o Mare Imbrium, no hemisfério norte lunar.
Em meio ao clarão lunar, Júpiter com magnitude -1.9 e Saturno com magnitude 0.3 são os próximos astros mais brilhantes no céu. As estrelas Alpha Centauri, Arcturus (Alpha Bootis) e Vega (Alpha Lyrae) são mais brilhantes que Saturno, mas estarão mais próximas do horizonte, ofuscadas pela poluição luminosa.
A escala de magnitudes foi criada pelo astrônomo grego Hiparco no século II AC. Hiparco dividiu as estrelas em 6 graus de magnitude, correspondendo às estrelas mais brilhantes a primeira magnitude e às estrelas no limite da percepção visual a sexta magnitude. A escala utilizada atualmente foi formalizada no século XIX pelo astrônomo inglês Norman Pogson e estabelece que a diferença de uma magnitude equivale a uma razão de 2,512 entre os brilhos comparados. Assim, uma estrela de magnitude 1 é 2,512 vezes mais brilhante que uma estrela de magnitude 2 e 6,31 vezes (2,512 x 2,512 = 6,31) mais brilhante que uma estrela de magnitude 3.
No início da noite será possível perceber a Grande Mancha Vermelha em Júpiter e acompanhar seu deslocamento devido à rápida rotação do planeta. Os satélites galileanos Calisto, Europa, Io e Ganimedes estarão agrupados a Oeste de Júpiter.
Às 20h44 Saturno estará no zênite (o ponto diretamente sobre nossas cabeças). Com uma menor massa de ar entre nós e o planeta é a hora de buscar detalhes como a Divisão de Cassini ou a sombra projetada pelos anéis sobre o planeta.
O Cruzeiro do Sul começa a mergulhar no brilho da iluminação da cidade, mas ainda é possível observar o fabuloso aglomerado aberto Caixinha de Jóias (NGC4755) e a estrela tripla Alpha Crucis.
O Observatório do CTA abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.
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A Lua aparece como uma linha delgada e quase imperceptível no horizonte oeste ao por do Sol desta Terça (22/08/2017) deixando a noite livre para a observação dos planetas Júpiter e Saturno e objetos de céu profundo.
Em Júpiter a Grande Mancha Vermelha estará visível e a lua Europa poderá ser vista transitando em frente ao disco do planeta a partir das 20h45. Europa é um dos 4 grandes satélites de Júpiter descobertos por Galileu Galilei no séc. XVII e que podem ser facilmente observados mesmo por telescópios modestos ou binóculos. Júpiter é o maior e mais massivo planeta do Sistema Solar, com diâmetro 11 vezes maior que o da Terra eduas vezes e meia mais massivo que todos os outros planetas do somados. É também um recordista em número de satélites e em Junho dois novos satélites foram confirmados, elevando para 69 o número de luas conhecidas em torno do planeta. [Leia mais sobra a descoberta aqui.]
Saturno é a outra grande atração planetária da noite. Mas após o deslumbramento causado por seus anéis, busque reconhecer detalhes mais sutis ao observar o planeta, como a Divisão de Cassini ou a sombra projetada pelos anéis sobre o planeta.
E vale lembrar que enquanto observamos Saturno de uma distância de 9,7 Unidades Astronômicas (1 Unidade Astronômica equivale a 149 600 000 km, a distância média da Terra ao Sol) a sonda Cassini completa as útlimas órbitas em torno de Saturno, passando entre seus anéis e preparano-se para mergulhar em sua atmosfera. Leia os detalhes do Grand Finale da missão Cassini neste link: http://www.iae.cta.br/index.php/observ-noticias/435-mergulho-em-saturno-encerra-jornada-de-20-anos-da-sonda-cassini
Muito além dos limites do Sistema Solar o centro da nossa galáxia - a Via Láctea - estará diretamente sobre nossas cabeças. O centro da Via Láctea, localizado na direção das constelações de Escorpião e Sagitário é uma região rica em aglomerados globulares e objetos nebulosos. Destaque para a Nebulosa da Lagoa M8 e para os aglomerados globulares M22 e M28, que estão entre os objetos que poderemos observar nesta Terça.
Outro espetáculo celeste desta semana é a conjunção entre Júpiter e Lua no início da noite da Sexta-feira (25/08/2017). Olhando para oeste ao por do Sol, Júpiter e a Lua poderão ser vistos com menos de 5 graus de separação.
O Observatório do IAE abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.
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Uma ofuscante Lua cheia dominará o céu nesta Terça (08/08/2017). Nesta fase, com a Lua iluminada frontalmente pela luz do Sol, crateras, vales e cordilheiras não projetam sombra e seu relevo torna-se pouco perceptível. Por outro lado, nestas condições, ficam mais evidentes as diferenças de tonalidade no terreno lunar, como as áreas escuras batizadas de mares e as estruturas brilhantes de crateras raiadas como Cópernico e Tycho. As raias circundando estas crateras são formadas por fragmentos dos objetos que geraram as crateras ao impactar o solo lunar. Crateras raiadas são formações relativamente jovens, e suas raias atravessam regiões mais antigas do terreno lunar, sobrepondo-se inclusive a outras crateras.
Na imagem abaixo a cratera Copérnico - medindo 93 km de diâmetro - aparece na porção superior esquerda contrastando com o terreno escuro do Oceanus Procellarum. Tycho, com 102 km de diâmetro, ocupa a porção brilhante na região inferior direita.
Depois de explorar o solo lunar, nosso olhar se desvia do clarão de magnitude -12.3 da Lua cheia e mergulha mais fundo no sistema solar, em direção a Júpiter com magnitude -1.8 e Saturno com magnitude 0.3.
Em Júpiter a Grande Mancha Vermelha estará visível e os quatro satélites galileanos Calisto, Europa, Io e Ganimedes estarão agrupados a oeste do planeta. Em junho, dois novos satélites foram confirmados, elevando para 69 o número de luas conhecidas em torno de Júpiter. [Leia mais sobra a descoberta aqui.]
Às 20h15 Saturno atige seu ápice no céu. Com uma menor massa de ar entre nós e o planeta é a hora de buscar detalhes como a Divisão de Cassini ou a sombra projetada pelos anéis sobre o planeta. O diagrama abaixo mostra a posição dos satélites Titan (Ti), Réia (R), Dione (D), Encélados (E) e Tétis (T).
Objetos de fundo de céu serão um alvo difícil devido à Lua cheia, mas o cardápio de observações ainda pode oferecer aglomerados abertos como a Caixinha de Jóias (NGC4755) na constelação do Cruzeiro do Sul, M7 e M6 na constelação de Escorpião e estrelas duplas como Alpha Centauri, Beta Cygni e Alpha Crucis .
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A previsão para esta Terça (25/07/17) é de céu limpo e temperaturas amenas, garantindo uma promissora noite de observações após a passagem de uma intensa frente fria na última semana.
Júpiter começa a se aproximar cada vez mais cedo do horizonte oeste e vale a pena chegar cedo ao Observatório para poder desfrutar de sua visão antes que o planeta mergulhe na poluição luminosa da cidade. Às 21h00 Júpiter se encontrará a apenas 27° acima do horizonte, já sofrendo os efeitos de uma camada mais extensa de atmosfera e da interferência das luzes da cidade.
Os quatro satélites galileanos estarão visíveis durante todo o período de observação, sem trânsitos ou eclipses. A Grande Mancha Vermelha estará visível até pouco antes das 20h30 e após este horário será ocultada pela rotação do Planeta (Júpiter completa uma rotação em torno de seu próprio eixo em menos de 10h).
Saturno permanece em posição privilegiada durante todo o período de observação, mantendo-se alto no céu e sofrendo menos os efeitos da poluição luminosa. Olhos mais atentos poderão perceber entre os anéis uma linha divisória escura: a Divisão de Cassini, uma falha de 4700km separando os anéis A (externo, menos brilhante) e B (interno, mais brilhante).
Objetos de céu profundo: Quem também assume posição privilegiada é o centro de nossa galáxia, a Via Láctea, uma região densamente povoada por aglomerados abertos, aglomerados globulares e nebulosas. A ausência da Lua favorece a observação destes distantes, difusos e sobretudo belos objetos. Alguns deles são verdadeiros fósseis astronômicos, como os aglomerados globulares M22, M28 e M80, com idade estimada em 12 bilhões de anos e localizados a mais de 10 mil anos-luz de distância.
Ao Sul, as constelações do Cruzeiro do Sul e de Centauro, ainda estrão visíveis e nos mostram o belo aglomerado aberto Caixinha de Jóias (kappa crucis) e o imponente aglomerado globular Ômega Centauri (NGC 5139).
Ao Norte, a constelação de Cisne começa a se erguer e traz com ela uma das mais belas estrelas binárias. Albíreo (Beta Cygni) é apenas uma estrela brilhante quando observada a olho nu, mas ao telescópio pode ser resovida como uma dupla formada por componentes de cores bem distintas: a componente principal amarelo-alaranjada e uma companheira branco-azulada.
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