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O VS-40 é um veículo suborbital de dois estágios a propulsão sólida com capacidade de efetuar missões com cargas úteis de até 500kg em trajetórias de 650km de apogeu. O primeiro estágio é constituído pelo propulsor S40 do SONDA IV e o segundo estágio pelo propulsor S44, quarto estágio do VLS-1.

O projeto teve início da década de 90, como uma fase intermediária do projeto VLS-1. Na verdade, objetivava-se realizar um único lançamento experimental para qualificar o quarto estágio do VLS-1 em condições de voo (vácuo), mas o estudo do veículo mostrou ser este altamente promissor como foguete de sondagem, tanto do ponto de vista de performance (tempo de voo no vácuo) como de volume disponível de carga útil.

Até o presente, foram realizados 03 lançamentos, sendo 02 no Brasil e 01 no exterior.


Até o presente, foram realizados os seguintes lançamentos:
Nº do VooOperaçãoLocalAnoCarga Útil
v01 Santa Maria CLA 1993 Tecnológica
v02 Livramento CLA 1998 Tenológica
v03 Shefex Andoya - Noruega 2012 Shefex II

vs40

Lançamento do VS-40 com a Carga útil Shefex II

 

 

O projeto MAEAR (Materiais Especiais de Alta Resistência) tem como finalidade a pesquisa de novos materiais leves com elevada capacidade de absorver impacto de alta velocidade. A motivação para o projeto é a constante demanda da área de blindagem balística por sistemas de proteção de baixo peso, que não interfiram na manobrabilidade e autonomia de aeronaves ou no conforto e mobilidade do usuário, e que possuam excelente desempenho na proteção contra impacto balístico.


O MAEAR teve início em 2012 e será concluído em 2015; o projeto conta com financiamento da FINEP e está inserido na linha de pesquisa MARIMBA (Materiais Resistentes ao Impacto Balístico) da Divisão de Materiais (AMR) do IAE. Desde 2005 esta linha está ativa, sendo que já foram concluídos dois projetos anteriores voltados principalmente para o desenvolvimento de painéis blindados para aeronaves, desenvolvimento de placas cerâmicas para blindagem e nacionalização de matérias-primas.


Os materiais envolvidos na pesquisa atual são vitrocerâmicas opacas e transparentes, placas e partículas cerâmicas e laminados de fibras poliméricas. Esses materiais são formulados, modificados, processados e combinados visando à obtenção de estruturas de blindagem com melhor relação desempenho/peso, comparadas às comerciais.


 

 

TITÂNIO

 

O projeto Titânio buscou o desenvolvimento de tecnologia para produção de ligas de titânio para aplicações aeroespaciais em elevadas temperaturas. O domínio dessa tecnologia é um dos desafios da metalurgia brasileira em função da complexidade da elaboração desse material e de sua importância para o setor aeroespacial. O IAE é o principal centro de referência em pesquisa sobre titânio no Brasil. Durante as décadas de 60 e 70, desenvolveu tecnologia pioneira para a produção de titânio metálico (única experiência de sucesso em escala piloto da América Latina) e desde então tem mantido forte linha de pesquisa na obtenção de ligas de titânio.

 

 As ligas de titânio apresentam massa e rigidez específicas superiores às ligas metálicas convencionais. O titânio pode substituir o alumínio quando a temperatura de trabalho excede a 250 ºC sob carregamento. As ligas tradicionais de titânio, como a Ti-6Al-4V podem suportar temperaturas de até 350 ºC sob carga e são usadas em sistemas de propulsão a ar e compressores de alta e baixa pressão de turbinas a gás. Acima dessa temperatura, o aço e superligas à base de níquel são alternativas, mas esses materiais apresentam massa específica de aproximadamente 1,7 vezes a do Ti. As ligas gama-titânio-aluminídeo como, por exemplo, a de composição Ti-48Al-2Cr-2Nb, são capazes de atender aos requisitos de uma reentrada atmosférica de veículos espaciais sob condições deterioradas e ao aquecimento de aeronaves submetidas a elevadas velocidades, podendo suportar temperaturas superiores a 850 ºC por longos períodos de tempo.

 

O projeto foi financiado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e teve como produtos, o desenvolvimento da tecnologia de fabricação de lingotes por fusão a arco e por indução e de tratamentos térmicos para a homogeneização da microestrutura e obtenção das fases apropriadas, visando a obtenção de lingotes das ligas Ti-6Al-4V, Ti-6Al-2Sn-4Zr-2Mo e Ti-48Al-2Cr-2Nb com excelente desempenho mecânico em altas temperaturas.

 


 
 
vls 1

Mockup do VLS-1 na mesa de lançamento (Operação Salina).

 

Descrição

O projeto VLS-1 teve como objetivo proporcionar ao Brasil a capacidade de projetar, fabricar, lançar, controlar, estabilizar e entregar uma carga útil em órbita terrestre com autonomia e desenvolvimento próprio, cumprindo assim as metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais – PNAE.

Em sua configuração, o veículo é composto por quatro estágios de propulsão sólida, sua capacidade nominal de satelitização é de 100 a 380 kg em órbitas circulares equatoriais de 200 a 1200 km de altitude ou de 75 a 275 kg em órbitas circulares polares de 200 a 1000 km de altitude. É enquadrado na classe dos lançadores de pequeno porte.

As suas principais características são:

- Número de estágios: 4;

- Comprimento total: 19 m;

- Diâmetro dos propulsores: 1 m;

- Massa total na decolagem: 50 t;

- Tipo de propelente: sólido compósito.

 

Histórico

Principais marcos do desenvolvimento:

- 1980: instituição da Missão Espacial Completa (MECB);

- 1984: primeira revisão conceptual, Centre Nationale d´Etude Spaciales (CNES);

- 1986: segunda revisão conceptual no CNES;

- 1987: primeiro tiro em banco do motor S43;

- 1988: revisão da definição preliminar, CNES;

- 1994: revisão da definição, Salyut Design Bureau (SDB);

- 1997: voo do primeiro protótipo;

- 1999: voo do segundo protótipo;

- 2003: acidente na preparação do terceiro protótipo;

- 2004: início da revisão crítica do Projeto;

- 2011: Término da construção do novo Sistema de Plataforma de Lançamento, com a nova Torre Móvel de Integração - TMI;

-2012: Operação Salina, com a integração física do mock-up do VLS-1 à nova TMI.

O VLS-1 foi o primeiro veículo lançador de satélites Brasileiro. O seu desenvolvimento foi possível graças aos mais de 30 anos de experiência acumulada pelo DCTA/IAE e a indústria nacional em tecnologias de foguetes.

Ao longo do desenvolvimento do projeto VLS-1, foram construídos três protótipos do veículo e efetuados dois lançamentos a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Nos lançamentos dos protótipos V01 e V02, Operação Brasil em 1997 e Operação Almenara em 1999, respectivamente, foi possível a verificação das funcionalidades em voo dos diversos componentes do veículo, com os seguintes resultados atingidos:

- Os motores do primeiro estágio funcionaram conforme previsto;

- Os sistemas de fixação de estágios suportaram as elevadas cargas estruturais durante as fases mais críticas do voo na atmosfera;

- A coifa principal suportou as cargas estruturais e térmicas da fase atmosférica até a condição de pressão dinâmica máxima;

- O sistema elétrico operou perfeitamente durante toda a operação do veículo;

- As estruturas dos módulos dianteiros do segundo estágio e traseiro do terceiro estágio se comportaram como previsto, enquanto o voo do protótipo V01 esteve controlado;

- O sistema de atuação das tubeiras móveis do primeiro estágio funcionou dentro do esperado; e

- O sistema de controle desempenhou bem seu papel, mesmo em condições adversas, em ambos os protótipos V01 e V02.

Entretanto, para esses dois voos, problemas técnicos impediram a consecução de cumprimento das missões, isto é, a inserção de satélites em órbita.

Em 2003, para o lançamento do protótipo V03 foi realizada a Operação São Luís. No entanto, em 22 de agosto daquele ano, antes da tentativa de lançamento, houve acendimento intempestivo de um dos motores, resultando em acidente catastrófico.

Após esse acidente com o protótipo V03, o projeto VLS-1 sofreu uma revisão completa. Dessa revisão foi gerada uma série de recomendações que implicaram modificações técnicas do projeto e, em alguns casos, o reprojeto de alguns de seus sistemas, destacando-se os Sistemas de Redes Elétricas e o de Redes Pirotécnicas.

Em virtude dos desafios tecnológicos e dos recursos financeiros e humanos limitados, houve a necessidade do IAE e AEB realinharem a estratégia de desenvolvimento de veículos lançadores de satélite a fim de aproveitar todo o legado do projeto VLS-1 e de adequar-se ao cenário atual. A nova proposta engloba o desenvolvimento de um veículo suborbital controlado, mais simples, utilizando-se o estoque físico, as facilidades e todo o conhecimento estabelecidos por meio do projeto VLS-1, permitindo a mitigação dos riscos de desenvolvimento do VLM-1, que é a prioridade atual em termos de veículos lançadores.

 

Contribuições do Projeto VLS-1

- Capacidade de produção de envelopes motores em aço de alta resistência;

- Fabricação e processamento de combustíveis sólidos;

- Projeto e desenvolvimento de computadores de bordo e redes de comando e controle para veículos espaciais;

- Montagem de estrutura complexa de laboratórios para desenvolvimento e testes de componentes e sistemas;

- Capacitação de recursos humanos em projeto e desenvolvimento de veículos espaciais, incluindo-se concepção, cálculos estruturais, aerodinâmicos e de mecânica de voo, e ensaios;

- Desenvolvimento de sistema inercial autônomo para voos orbitais;

- Desenvolvimento de materiais compostos e tecnologia de bobinagem de fios e fitas sintéticas;

- Produção de estruturas de materiais compósitos para operar a altas temperaturas;

- Criação e manutenção de um Centro de Lançamento;

- Domínio da tecnologia de foguetes de sondagem (veículos exportados);

- Capacidade de realizar operações espaciais complexas.

 
 

O projeto Compósitos de Carbono Reforçado com Fibras de Carbono (carbono-carbono) teve início no final da década de 1980, na Divisão de Materiais do IAE, e teve por objetivo obter materiais termo-estruturais de maior resistência mecânica (> 60 MPa), massa específica de 1,85 g/cm3 e maior resistência à abrasão, necessários à motores-foguete de grande porte. O desenvolvimento foi focado na otimização de processos de fabricação, notadamente via impregnação em fase líquida (piches e resinas) de preformas de fibras de carbono.

 

O projeto teve início com verba orçamentária do Comando da Aeronáutica, mas devido à complexidade da tecnologia contou com financiamento da FINEP em diversos desmembramentos, como infraestrutura civil, laboratório de processamento de compósitos e laboratórios de caracterização mecânica e térmica, com metodologia e infraestrutura físicas específicas para avaliação de materiais para altíssimas temperaturas.

 

Os usos correntes desses materiais são em gargantas de tubeira de foguete a propelente sólido, câmaras de combustão a propelente líquido, proteção térmica de veículos de reentrada, elementos de fricção e aletas de empuxo vetorado, que abrangem interfaces com os demais projetos do IAE relacionados à aeronáutica, espaço e defesa, como os veículos lançadores, veículos de microgravidade e componentes de mísseis.

 

 


  
 
 
 

Descrição

O Motor L75 é um motor de foguete a propelente líquido para aplicação em estágio superior de um veículo lançador de satélites, com capacidade de gerar empuxo de 75 kN no vácuo com ciclo de gerador de gás, alimentado por turbobomba e empregando oxigênio líquido e etanol como propelentes. Este motor usa uma câmara de empuxo regenerativa, refrigerada pelo combustível. A turbobomba é composta de uma bomba oxidante, uma bomba de combustível e uma turbina de fluxo axial, todas montadas no mesmo eixo. A turbina é acionada pelos gases de combustão de um gerador de gás bipropelente, que utiliza os mesmos propeletes da câmara de empuxo. O motor L75 foi concebido para ter seu próprio sistema de controle eletrônico, que fornece as funções de controle, monitoramento e comunicação.

Objetivo

Desenvolvimento de um motor foguete a propelente líquido capaz de equipar um veículo lançador, permitindo ao Brasil atingir a capacidade de colocar satélites em órbita. Como objetivos intermediários, foram desenvolvidas diversas tecnologias e capacidades industriais inexistentes no Brasil para atender aos diversos desafios tecnológicos em propulsão líquida, abrindo caminho para o desenvolvimento futuro de motores com maior desempenho.

Resultados

O projeto foi encerrado em 2021, tendo concluído a fase 1 e atingindo um nível de maturidade tecnológica (TRL) igual a 3, podendo-se destacar as seguintes realizações:

  • Foram realizados 45 ensaios em diferentes condições de trabalho, com pressões de câmara variando de 38 a 60 bar e razões de mistura (vazão mássica de oxidante sobre vazão mássica de combustível) entre 1,2 e 1,8.

  • Pela primeira vez foi ensaiada uma câmara calorimétrica  (refrigerada a água) no banco de 20 kN.

  • Em nenhum caso ocorreu instabilidade de combustão de alta frequência.

  • Os ensaios foram bem sucedidos trazendo valiosas informações à equipe de propulsão líquida do IAE.

Gerente

Daniel Soares de Almeida

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

(12) 3947-5087

Status

  • Foram realizados 45 ensaios em diferentes condições de trabalho, com pressões de câmara variando de
    38 a 60 bar e razões de mistura (vazão mássica de oxidante sobre vazão mássica de combustível) entre 1,2 e 1,8.
  • Pela primeira vez foi ensaiada uma câmara calorimétrica  (refrigerada a água) no banco de 20 kN.
  • Em nenhum caso ocorreu instabilidade de combustão de alta frequência.
  • Os ensaios foram bem sucedidas trazendo valiosas informações à equipe de propulsão líquida do Instituto.
L75 imagem1
L751
“Mock-up” do motor L75

Ensaio no IAE

 

L75

Subcategorias

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